Abertura Conferência Livre – 2018
Abertura Conferência Livre – 2018
O CEDUC Virgilio Resi realizou na manhã do dia 06 de abril de 2018, no Centro de Referência da Juventude – CRJ – a Conferência Livre com o tema “Enfrentamento do Genocídio da Juventude Negra e Pobre de Belo Horizonte” com a participação de mais de 250 adolescentes e jovens aprendizes de diversas entidades qualificadoras de Belo Horizonte.
A mesa de abertura contou com a Sra. Elvira Cosendey, Coordenadora do FECTIPA-MG, Felipe Sabóia, Presidente da JCONEN, Márcia Alves, Ex presidente do CMDCA e Gerente de prevenção da violência em áreas de vulnerabilidade social e Marcelo Moreira, representante do CEDUC Virgilio Resi e atual presidente do CMDCA/BH. Todos falaram sobre o significado da participação popular e do empoderamento das juventudes neste panorama de perdas de direitos, desconstrução e enfraquecimento dos espaços participativos.
A mesa debatedora contou com a Sra. Macaé Evaristo que emocionou todas as pessoas com um relato histórico do desrespeito ao povo negro, citou como exemplo que mesmo com a abolição da escravatura foi impedido de acessar politicas básicas como a educação. Também convidou a todas as pessoas presentes a entoar um mantra africano que clama pela liberdade, o que foi prontamente atendido por todas.
A Sra. Rosália Diogo trouxe o “incomodo” que um “corpo negro” traz para muitas pessoas na sociedade. “É importante entender o que esse incomodo gera na sociedade, é a tentativa de desclassificar um povo e também apagar suas crenças, costumes, inteligência, alegria e beleza. ” Já a Sra. Luíza Da Iola fez com que todas as pessoas presentes pudessem sentir a solidão daquela mãe que não tem certeza que seu filho negro e pobre, ao sair de casa para a escola ou para o trabalho, vai voltar para casa. Trouxe na música do artista Sérgio Pererê, Deixa o Erê viver, a reflexão de um povo, a vontade de viver e sonhar. A vereadora Áurea Carolina enviou um vídeo agradecendo o convite e justificando a ausência devido a um compromisso internacional para representar a militante negra Marielle Franco, assassinada no Centro do Rio de Janeiro no mês de março.